A
vinculação do ponto eletrônico à folha de pagamento dos funcionários da
Secretaria Estadual de Saúde Pública, que passa a valer a partir desse mês,
deve está implantado e funcionando em todas as unidades da rede em mais 60
dias.
A
previsão é feita pela Subcoordenadora de Recursos Humanos da Sesap, que admite
a necessidade de ajustes para ampliação da cobertura e regulamentação. Até lá a
Secretaria fará a manutenção e instalações de máquinas, o cadastramento das
digitais e deve esclarecer como será o registro dos funcionários. Além dos 13,2
mil servidores de carreira, a regra vale para comissionados, estagiários,
gratificados e cooperados que poderão sofrer descontos nos salários, caso a
assiduidade no trabalho não seja comprovada por meio do sistema biométrico.
Nos
26 hospitais regionais, em unidades de
referência de serviços como a Unicat, Lacen, CVO, Hemonorte, CRI, CRA e em seis
Unidades Regionais de Saúde (Usarps), a instalação das máquinas que fazem a
leitura biométrica foi iniciada em abril do ano passado. Mas em boa parte o
trabalho continua sendo feito manualmente: com entrada e saída de funcionários
em livros de pontos.
É
o caso do Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim, e do Hospital
Regional Alfredo Mesquita Filho, em Macaíba.
Na sede da Sesap e no Hospital Santa Catarina, o equipamento com a
capacidade limitada em 1,2 mil registros
requer a coleta de dados diários, para evitar a paralisação.
No
Deoclécio, o equipamento está quebrado desde outubro do ano passado após um
apagão. Uma grande pilha de pastas, separadas por setor, é responsável pelo
registro dos servidores.
Em
Macaíba, o equipamento foi instalado há seis meses, mas nunca registrou a
entrada ou saída de qualquer um dos 250 servidores e permanece encoberto por um
banner fixado à entrada do setor onde funciona, temporariamente, a UPA de
Macaíba – por motivo de reforma. Com a contratação da empresa que venceu a
licitação para manutenção dos
equipamentos, a expectativa é de que o relógio de registro volte a funcionar
até o final do mês. Mas não sabia informação de como seria a inclusão dos
demais funcionários da unidade como cooperados e comissionados. Os 446
servidores de carreira estão cadastrados, inclusive médicos.
A
mudança no sistema, segundo ela, poderá ocasionar o pedido de afastamento de
serviço e até exoneração. Para ela, quem tem mais de um vínculo ou emprego e
não puder cumprir à risca a jornada estabelecida terá mais dificuldades de
trocar a escala e a falta representará desconto no salário. “Estamos esperando
mais informações da Secretaria para saber como será feito”, disse.
O
equipamento ocioso no Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, em Macaíba,
explica a diretora geral Altamira Galvão, se deve pela falta de coleta das
digitais dos funcionários. “Não foi feito o cadastramento e nem o treinamento
para o uso”, afirmou. Não havia previsão também de quando aconteceria. “É uma
ferramenta importante para melhorar o fluxo e evitar que a frequência seja
burlada”, acrescenta a diretora administrativa da unidade, Sílvia Cavalcante.