quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

DENÚNCIA DE VAZAMENTO PROVOCA INTERDIÇÃO DE CENTRAL DE GÁS EM RESIDENCIAL DE MOSSORÓ

144 condôminos do Residencial Otávio Ferreira II, às margens da Br 304, não possuem rede de distribuição de gás de cozinha. O Corpo de Bombeiros identificou um vazamento, após denúncia, e interditou o local que seria de distribuição. O problema se arrasta há quase dois anos e até hoje a rede ainda não foi liberada. Segundo os moradores, o vazamento oferece risco e só pode entrar em funcionamento após reparo.

De acordo informações repassadas pelo Major Franklin à reportagem do jornal De Fato, foi feito o teste de estanqueidade, que é uma técnica utilizada para diagnosticar vazamentos no sistema de abastecimentos, que identificou que o local ainda não está apto a liberação.

O Corpo de Bombeiros confirma que alguns reparos foram feitos, no entanto diz que o local ainda não possui os requisitos de segurança necessários para o pleno funcionamento.

Com a proibição do uso do gás em rede, os moradores apelam para o botijão individual em cada apartamento. No entanto, a utilização é proibida e também expõe os condôminos ao risco.

O síndico do Residencial Otávio Ferreira II, Gledistone Noronha, diz ainda que o gás de cozinha nunca funcionou no prédio. “Nós nunca utilizamos essa rede de distribuição. Isso também acontece no Residencial I. Aqui não existe extintores de incêndio e outros itens de segurança”, relata enquanto mostra as paredes vazias, onde deveriam estar os equipamentos. Ele afirma também que a manutenção feita pela construtora foi realizada de forma irregular e não está dentro das normas técnicas. “ Os fios estão passando por cima, é perceptível o perigo”, ressalta.

O gerente geral da Fan Construções contesta a informação sobre a manutenção. Talvani Nepomucemo diz que foi realizada uma perícia externa e que o problema com o vazamento foi resolvido. “ A vistoria está ok. A questão agora é providenciar o Habite-se, que é responsabilidade do condomínio e não da construtora. Nós temos um dossiê completo com a advogada que comprova isso”, diz. A advogada Pâmela, citada pelo gerente, não foi encontrada por telefone para comentar o caso.

Segundo a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros em Mossoró, o incêndio na boate Santa Maria, no Rio Grande do Sul, tem provocado mutirões de fiscalizações preventivas em vários locais do estado. “Por enquanto, o foco tem sido para ambientes fechados com reuniões de público como boates e  casas de recepção, mas a idéia é que essas fiscalizações sejam ampliadas para edificações residenciais multifamiliares”, diz o tenente Cristiano Couceiro. Ele comenta ainda que o caso do Residencial Otávio Ferreira funcionou mediante denúncia.

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