O Ministério das Comunicações
já começou a estudar formas para antecipar a conclusão da digitalização do
sistema de televisão brasileiro, que irá permitir o uso da faixa de frequência,
atualmente usada por emissoras analógicas, para a oferta da internet móvel de
quarta geração (4G). Além de incentivos para as emissoras digitalizarem o
sinal, poderá haver maior oferta de crédito para que a população compre
aparelhos de televisão que já venham com o sistema digital embutido.
“Estamos fazendo estudos,
temos que levar para o Guido [Mantega, ministro da Fazenda], para a presidenta
[Dilma Rousseff], mas achamos que tem que ser. Queremos digitalizar de vez a
televisão, acabar com a época do chuvisco e do Bombril na antena”, disse o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, à Agência Brasil.
Paulo Bernardo garante que o
governo não vai permitir que o sinal analógico seja desligado se ainda houver
um grande número de famílias sem televisores digitais, e avalia que é possível
melhorar as condições para a compra desses aparelhos. “Uma TV digital custa
hoje em torno de R$ 300, e acho que é possível fazer políticas para baixar um
pouco isso. Além disso, a classe C não compra à vista, e mede muito a
prestação. Com a diminuição dos juros, temos que batalhar para ter uma
prestação baixinha”.
No caso de famílias de baixa
renda, principalmente quem está no cadastro do Bolsa Família, poderá haver
subsídios para a compra do aparelho ou do conversor digital. Segundo o
ministro, os recursos viriam da arrecadação do leilão da faixa de frequência de
700 mega-hertz (MHz), que será usada para a tecnologia 4G.
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