Os comerciantes, afirmou Eugênio Medeiros, empresário e membro da diretoria da Assurn, deixarão de cobrar os impostos imediatamente, mas a redução prevista pela presidenta - acima de 9% - dificilmente será alcançada, esclarece. "Outros fatores interferem no preço", esclarece Melquisedec Moreira, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos no RN (Dieese).
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) fez a sua própria projeção. Segundo Fernando Yamada, presidente da Associação, a diferença do preço da carne com a desoneração da cesta básica será de 6%. Já o restante dos produtos deverá ter uma redução média de apenas 3%.
A Secretaria Estadual de Tributação concorda com a projeção da Assurn e acredita que a redução só chegará ao consumidor final entre 30 e 40 dias. Alguns supermercados e hipermercados, no entanto, resolveram se antecipar e já começaram a remarcar os preços.
As lojas Pão de Açúcar e Extra do Brasil, que totalizam mais de 600 pontos de venda no país, aplicaram a desoneração dos impostos nos itens da cesta básica às 00h de ontem. O supermercado Rede Mais/Alecrim também já começou a aplicar a desoneração.
A medida, que tem como objetivo reduzir os preços e manter as vendas em alta, contempla produtos como carnes, arroz, feijão, ovos, leite integral, café, açúcar, farinha, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, entre outros.
Os estados, segundo José Aírton, secretário de Tributação do RN, podem acompanhar o governo federal e reduzir de 17% para 12% o ICMS que também incide sobre os produtos da cesta básica. Atualmente parte dos produtos já tem a alíquota reduzida no RN. Este é o caso do arroz, feijão e café.
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