Segundo
o delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério da Silva, os mandados de
prisão que estão sendo cumpridos hoje são relacionados à vários tipos de
crimes, especialmente homicídios, tráfico de drogas e assaltos, mas há também
relativos a pensão alimentícia, por exemplo. Ele disse que a operação está
prevista para ser encerrada após as 18h e que até lá, o número de presos deve
ultrapassar os cem detidos.
Por
volta das 11h30, ele e o diretor de policiamento da Grande Natal, delegado
Correia Júnior, sobrevoaram com o helicóptero Potiguar 1, da Secretaria de
Estado de Defesa Social (Sesed), as áreas onde estavam ocorrendo a operação
policial, para acompanhar o trabalho realizado pelos policiais civis.
As
primeiras prisões ocorreram nos municípios da Região Metropolitana de Natal,
quando nove suspeitos foram detidos em flagrante apenas em Parnamirim e
Macaíba. Nesta última, três pessoas foram presas acusadas de terem participado
do assassinato do economista carioca Carlos Norberto Holtz, em outubro do ano
passado, na cidade. Os detidos, dois homens e uma mulher, são apontados ainda
como participantes da morte do taxista Antônio Ferreira, em dezembro último.
Por
volta das 12h o delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, utilizou o
helicóptero Potiguar I, do Governo do Estado, para fiscalizar a sequência da
Operação PC 27, desencadeada em várias cidades. Foto: Wellington Rocha
Já
os seis detidos em Parnamirim são acusados de tráfico de drogas e de diversos
assaltos ocorridos no município nos últimos meses, e que tem provocado medo e
apreensão nos moradores. Todos foram levados para a Delegacia de Polícia de
Nova Parnamirim, onde foram autuados em flagrante e devem permanecer no local
até o final da operação, quando devem ser transferidos para algum centro de
detenção provisória (CDP) da Região Metropolitana.
Segundo
Fábio Rogério, todos os delegados titulares de unidades policiais ficaram
responsáveis por cumprir o maior número possível de mandados de prisão em suas
áreas de atuação durante a operação, que está sendo realizada em todo o Estado
e segue orientação nacional, em comemoração ao aniversário da Polícia Civil no
Brasil. Daí, o nome adotado para a ação: “PC 27”, que remete à polícia
judiciária presente nos 27 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Os
policiais envolvidos na operação “PC 27” também estão cumprindo 60 mandados de
apreensão para adolescentes em conflito com a lei e que tenham cometido algum
tipo de crime. A Polícia Civil informou que os jovens procurados já estavam
cumprindo medidas socioeducativas, mas não haviam comparecido às audiências
judiciais necessárias durante o processo e, por isso, tiveram o pedido de
apreensão renovado.
De
acordo com informações da Delegacia Especializada no Atendimento ao Adolescente
(DEA), até às 11h30 de hoje, apenas cinco mandados haviam sido cumpridos, em
vários bairros da zona Oeste de Natal. Todos os apreendidos serão apresentados
aos juízes da Infância e da Juventude da Capital, que deverão decidir o que
será feito com os adolescentes, já que nenhuma das unidades de medidas
socioeducativas da Região Metropolitana está recebendo internos.
Sejuc
consegue 30 vagas
“A
nossa preocupação é onde vamos colocar todos esses presos, porque não temos
mais nenhuma condição de acomodar essas pessoas nas unidades prisionais. Já
conseguimos um milagre de arranjar 30 vagas, mas foi porque o juiz das
Execuções Penais entendeu o nosso apelo e ordenou um remanejamento de presos
para o pavilhão 5 de Alcaçuz”, desabafou o coordenador de Administração
Penitenciária do Rio Grande do Norte (Coape), major Castelo Branco.
Ele
explicou que a medida foi em caráter de urgência, diante da grande demanda de
presos que surgiram com a realização da operação da Polícia Civil e que isso só
foi possível porque foi em cumprimento a uma ordem judicial. O major afirmou
ainda que, caso o juiz autorize novas transferências, será difícil obedecer a
determinação, mas que ainda assim, a Sejuc irá cumprir o que for determinado.
“Ordem
judicial é para ser cumprida, então, teremos que dar um jeito de conseguir
espaço para prender os presos. As 30 vagas que conseguimos não existiam, mas,
diante da urgência e da autorização judicial, fizemos a movimentação de 30
presos provisórios que estavam em CDPs para o pavilhão 5 de Alcaçuz, que já
está superlotado, e assim, conseguimos as vagas necessárias nestes ambientes”,
explicou o major.
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