"Essas
quatro usinas, por serem realmente muito caras, além de R$ 1.000 por
megawatt/hora, nós vamos economizar com eleas aproximadamente R$ 80 a R$ 100
milhões por mês. É uma economia significativa", disse Edison Lobão, em
entrevista ao Bom Dia Brasil. Indagado se a decisão não prejudicaria os
usuários, Lobão afirmou que a situação atual dos reservatórios de hidrelétricas
do país “dá completa tranquilidade” para que o governo determine o
desligamento.
"O
nível das represas dá completa tranquilidade para iniciar o desligamento das
térmicas. Nós imaginávamos que chegaríamos ao final do período chuvoso com 50%
a 55% de armazenamento nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, mas chegamos
com 63%, muito além do que esperávamos”, disse. As chuvas dos últimos dois
meses melhoraram a situação dos reservatórios das hidrelétricas do país, mas
não foram suficientes para impedir que eles chegassem ao fim do período chuvoso
com o nível mais baixo desde 2001, ano em que o governo brasileiro decretou o
racionamento de energia.
De
acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as represas de
hidrelétricas do sistema Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por 70% da energia
que abastece o Brasil, chegaram ao final de abril (dia 30) com 62,4% de
armazenamento de água. Apesar de ser o nível mais baixo dos últimos 12 anos,
ele é quase o dobro do registrado em abril de 2001, pouco antes do início do
racionamento, quando os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste tinham apenas
32,18% da água que eram capazes de armazenar.
O
sistema Nordeste, segundo mais importante do país, chegou ao dia 30 de abril em
situação mais complicada: o nível médio das represas era de 48,8%, bem mais
próximo ao registrado na região em 2001 (33,13%).
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