Um estudo
realizado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) revela que o Brasil gasta
em torno de R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas
ao cigarro. O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das
mortes no País. São 130 mil óbitos anuais, sendo (350 por dia). Dados do
Ministério da Saúde indicam que a fumaça do cigarro reúne cerce de 4.700
substâncias tóxicas diferentes, muitas delas cancerígenas.
Mesmo sendo de
conhecimento dos consumidores do cigarro, sobre os riscos de doenças que podem
levar a morte, os usuários não se intimidam e continuam fazendo uso do tabaco,
ignorando a propaganda que trás nas carteiras, fotos de pessoas em estágios
terminais e com diversos tipos de câncer e pulmões doentes.
Há um ano, o
trabalhador rural José Carlos Souza Santos, 52 anos, descobriu um caroço
embaixo da língua. Ao procurar um especialista, o médico pediu exames com
urgências e foi diagnosticado um câncer avançado que já tomava a garganta. “A
primeira pergunta que o médico fez foi: Você é fumante há quanto tempo? Hoje
vejo o mal que o cigarro fez na minha vida.
A gente nunca acha que vamos ser
surpreendido com uma doença dessa. Se tivesse uma nova oportunidade, nunca
fumava em minha vida”, ressaltou.
O pneumologista
Francisco Hora Fontes explica que o tabagismo é uma doença crônica, causada
pela dependência do tabaco, e que os produtos derivados do tabaco,
especialmente os cigarros, são feitos para criar e manter dependência química
nos consumidores. Francisco disse que há uma série de doenças que podem ser
desencadeadas pelo vício, como acidente vascular cerebral, trombose, enfisema
pulmonar, infarto, cânceres na boca, língua, pulmão, mama, bexiga dentre
outros. “Em geral, o cigarro é uma fonte inesgotável de doenças causado pelos
fumantes ativo e passivo”, completou.
Dependente
precisa buscar ajuda
O médico ainda
acrescentou que a dependência maior do cigarro é por causa do uso da nicotina.
“A nicotina é um artefato para que os indivíduos criem dependência, pois ela
age no cérebro dando ao indivíduo sensação de prazer e relaxamento. É como se
fosse um antidepressivo, se não fizesse mal, seria uma droga excelente, mas a
nicotina mata. Ela entope as artérias que consequentemente, acarreta em
mortes”.
O viciado em
cigarro precisa contar com muito esforço e apoio médico para deixar a
dependência. Segundo Francisco Fontes, não é fácil o indivíduo deixar o cigarro
da noite para o dia.
“Devido à
dependência, o fumante precisa buscar ajuda de remédios e psicológica para se
livrar do tabaco. Hoje, temos vários hospitais conveniados com o SUS que
prestam todo atendimento aos indivíduos que querem deixar o cigarro”, ressaltou
o médico.
Desde 2011,
aquele hábito de acender um cigarro no restaurante, na padaria e no bar deixou
de existir, graças à lei federal que proíbe o fumo em ambientes fechados. Nos
consultórios e hospitais, a percepção dos médicos é a de que essa proibição
está surtindo efeito, com a diminuição de pessoas que faziam uso do cigarro.
Conforme Francisco Fontes, se comparado a outras épocas, hoje o número de
fumantes no Brasil diminuiu 50%, graças a campanhas antitabagismo.
Dez mil mortes
por dia é o número de óbitos registrados em decorrência ao consumo de cigarro
em todo planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. O estudo indica ainda
que o tabaco é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela
inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma,
mas convive com fumantes.
Apesar dos
números alarmantes, o Ministério da Saúde destaca Salvador como uma das
capitais brasileiras com o menor índice de fumantes, com uma incidência de 9%,
ficando atrás apenas de Maceió, com população de 8% de fumantes. O baixo
consumo de tabaco na capital baiana é o resultado do intenso trabalho realizado
pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que em 2006 implantou o Programa
Municipal de Controle do Tabagismo, que somente no ano passado tratou mais de
800 pacientes nas unidades de referência de sua rede.
Com o objetivo de
reduzir ainda mais a incidência do tabagismo em Salvador, a mortalidade por
doenças associadas ao cigarro,a SMS realiza amanhã (29) atividades pontuais contra
a doença. As ações serão alusivas ainda ao Dia Mundial de Controle ao Tabaco,
celebrado em 31 de maio.
O cigarro é um dos produtos de
consumo mais lucrativos no mundo. Os fabricantes ostentam uma clientela fiel e
leal. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um. São também
os únicos produtos legais que viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes,
o matam. Porém, a venda acarreta grandes lucros para a indústria do tabaco, mas
enormes prejuízos para os consumidores.
Um estudo realizado pela
Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) revela que o Brasil gasta em torno de R$
21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro. O
estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no
País. São 130 mil óbitos anuais, sendo (350 por dia). Dados do Ministério da
Saúde indicam que a fumaça do cigarro reúne cerce de 4.700 substâncias tóxicas
diferentes, muitas delas cancerígenas.
Mesmo sendo de conhecimento
dos consumidores do cigarro, sobre os riscos de doenças que podem levar a
morte, os usuários não se intimidam e continuam fazendo uso do tabaco,
ignorando a propaganda que trás nas carteiras, fotos de pessoas em estágios
terminais e com diversos tipos de câncer e pulmões doentes.
Há um ano, o trabalhador rural
José Carlos Souza Santos, 52 anos, descobriu um caroço embaixo da língua. Ao
procurar um especialista, o médico pediu exames com urgências e foi
diagnosticado um câncer avançado que já tomava a garganta. “A primeira pergunta
que o médico fez foi: Você é fumante há quanto tempo? Hoje vejo o mal que o
cigarro fez na minha vida. A gente nunca acha que vamos ser surpreendido com
uma doença dessa. Se tivesse uma nova oportunidade, nunca fumava em minha
vida”, ressaltou.
José Carlos fumava desde a
adolescência. Quando não tinha dinheiro para comprar o cigarro industrializado,
ele usava o cigarro feito com fumo de rolo. Ele já passou por duas cirurgias,
perdeu parte da língua e fala e se alimenta com dificuldades. Há quinze dias,
foi surpreendido com a notícia de que o câncer havia voltado, porém, os médicos
disseram que não podem fazer mais nada. Hoje, ele se encontra desenganado pela
medicina, fazendo uso apenas de morfina para amenizar a dor causada pela
doença.
O pneumologista Francisco Hora
Fontes explica que o tabagismo é uma doença crônica, causada pela dependência
do tabaco, e que os produtos derivados do tabaco, especialmente os cigarros,
são feitos para criar e manter dependência química nos consumidores. Francisco
disse que há uma série de doenças que podem ser desencadeadas pelo vício, como
acidente vascular cerebral, trombose, enfisema pulmonar, infarto, cânceres na
boca, língua, pulmão, mama, bexiga dentre outros. “Em geral, o cigarro é uma
fonte inesgotável de doenças causado pelos fumantes ativo e passivo”,
completou.
Dependente precisa buscar
ajuda
O médico ainda acrescentou que
a dependência maior do cigarro é por causa do uso da nicotina. “A nicotina é um
artefato para que os indivíduos criem dependência, pois ela age no cérebro
dando ao indivíduo sensação de prazer e relaxamento. É como se fosse um antidepressivo,
se não fizesse mal, seria uma droga excelente, mas a nicotina mata. Ela entope
as artérias que consequentemente, acarreta em mortes”.
O viciado em cigarro precisa
contar com muito esforço e apoio médico para deixar a dependência. Segundo
Francisco Fontes, não é fácil o indivíduo deixar o cigarro da noite para o dia.
“Devido à dependência, o
fumante precisa buscar ajuda de remédios e psicológica para se livrar do
tabaco. Hoje, temos vários hospitais conveniados com o SUS que prestam todo
atendimento aos indivíduos que querem deixar o cigarro”, ressaltou o médico.
Desde 2011, aquele hábito de
acender um cigarro no restaurante, na padaria e no bar deixou de existir,
graças à lei federal que proíbe o fumo em ambientes fechados. Nos consultórios
e hospitais, a percepção dos médicos é a de que essa proibição está surtindo
efeito, com a diminuição de pessoas que faziam uso do cigarro. Conforme
Francisco Fontes, se comparado a outras épocas, hoje o número de fumantes no
Brasil diminuiu 50%, graças a campanhas antitabagismo.
Dez mil mortes por dia é o
número de óbitos registrados em decorrência ao consumo de cigarro em todo
planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. O estudo indica ainda que o
tabaco é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela
inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma,
mas convive com fumantes.
Apesar dos números alarmantes,
o Ministério da Saúde destaca Salvador como uma das capitais brasileiras com o
menor índice de fumantes, com uma incidência de 9%, ficando atrás apenas de
Maceió, com população de 8% de fumantes. O baixo consumo de tabaco na capital
baiana é o resultado do intenso trabalho realizado pela Secretaria Municipal da
Saúde (SMS) que em 2006 implantou o Programa Municipal de Controle do
Tabagismo, que somente no ano passado tratou mais de 800 pacientes nas unidades
de referência de sua rede.
Com o objetivo de reduzir
ainda mais a incidência do tabagismo em Salvador, a mortalidade por doenças
associadas ao cigarro,a SMS realiza amanhã (29) atividades pontuais contra a
doença. As ações serão alusivas ainda ao Dia Mundial de Controle ao Tabaco, celebrado
em 31 de maio.
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