Doenças cardiovasculares, como
insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), são as principais
causas de mortes prematuras em todo o
mundo, representando cerca de 17,3 milhões de óbitos por ano — 1/3 da
mortalidade mundial, de acordo com Johanna Ralston, presidente da Federação
Mundial de Cardiologia. No Brasil, são 300 mil mortes por ano. Sendo que 40%
dessas mortes ocorrem antes dos 50 anos de idade.
Emanuel Amaral
Apesar de o Brasil ter
diminuído o tabagismo, cerca de metade dos fumantes morrerá de doenças
relacionadas ao cigarro
A preocupação com doenças
cardiovasculares, principalmente sua prevenção, esteve em evidência em todas as
palestras do fórum “Reduzindo a Mortalidade Global em 25% até 2025”, promovido
no Rio de Janeiro, pela World Heart Federation. O TN família foi convidado.
A presidente da Sociedade
Interamericana de Cardiologia, Márcia Barbosa, ressaltou que as doenças
cardiovasculares acometem mais os cidadãos de baixa renda, justamente por eles
terem menos condições financeiras para investir em controle e prevenção. “Não
bastasse a crueldade de também serem vítimas das doenças tropicais.”
As doenças cardiovasculares
também são a principal causa de hospitalizações no Brasil, gerando altos custos
ao sistema nacional de saúde. Um estudo realizado pela Global Burden of Disease
Study, em 2010, apontou serem a doença isquêmica do coração e o derrame,
respectivamente, a segunda e a terceira causas mais comuns de mortes prematuras
no Brasil.
Arquivo TN
No Brasil, os principais fatores
de risco são tabagismo, alimentação de má qualidade, hipertensão arterial, uso
abusivo do álcool, obesidade e colesterol alto Passado e futuro
Para o professor de Medicina e
Cardiologia do Mt. Sinai Hospital, de Nova York, o indiano Jagat Narula, as doenças
cardiovasculares continuarão matando as pessoas da mesma forma que anos atrás.
Ele fez um interessante resumo histórico de como os males do coração atingia os
povos antigos, desde o primeiro homem, há 200 mil anos, na África. “Temos que
fazer algo antes que seja tarde demais. E, sinceramente, já acho que é tarde
demais.”
Jagat comentou que na Ásia as
doenças cardíacas, bem como o primeiro infarto, ocorrem bem cedo devido o
contato com fatores de risco surgir igualmente cedo.
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