Os clientes do Banco do Brasil
(BB) só poderão fazer operações e serviços bancários nos caixas eletrônicos e
pela internet nesta terça-feira (30). Os funcionários do BB cruzarão os braços
por 24 horas em todo o país em protesto contra o novo plano de carreira adotado
pela instituição. Os sindicatos exigem a abertura de negociações e reclamam que
o plano foi implementado sem consulta aos trabalhadores.
As principais reclamações
dizem respeito à redução de adicionais para os cargos em comissão e para as
funções gratificadas. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf), entidade filiada à Central Única dos
Trabalhadores (CUT) que representa os bancários, o novo plano reduz o adicional
de função gratificada de seis horas e do adicional de função de confiança para
os comissionados que trabalham oito horas.
A Contraf criticou ainda a
nova fórmula de cálculo do valor de referência (VR), usado para definir os
reajustes salariais nas progressões profissionais. Segundo a entidade, o VR,
que era considerado o piso salarial para cada cargo, foi transformado em teto.
Dessa forma, adicionais de mérito e outras verbas não poderão ser incorporados
ao salário dos trabalhadores comissionados porque o VR ultrapassaria o valor
correspondente ao cargo.
Em vigor desde fevereiro, o
novo plano de carreiras do Banco do Brasil definiu dois tipos de cargo: os
comissionados, com jornada de oito horas, e os demais, com seis horas diárias.
Os bancários alegam que funcionários que ocupam cargo em comissão foram
obrigados a aceitar jornadas e salários menores e que os atuais cargos
comissionados não serão mais preenchidos por funcionários com o mesmo salário.
De acordo com o Banco do
Brasil, foi dada a opção para que os funcionários permanecessem nas funções de
confiança ou optassem pela jornada de seis horas. A instituição cita ainda
pesquisas internas que mostrariam que a maioria dos trabalhadores está
satisfeita com o novo plano.
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