A camisa da seleção brasileira
custa R$ 200. Um ingresso para a final da Copa das Confederações no Maracanã
pode valer até R$ 400. Ter uma Copa do Mundo em seu país tem preço. E alto. No
Brasil, já foram gastos mais de R$ 27 bilhões em obras de infraestrutura,
estádios e reformas de aeroportos. O alto valor do Mundial é um dos motivos das
mani
festações que vem ocorrendo por todo o Brasil.
Dos R$ 27 bilhões, cerca de 20
bilhões vêm dos cofres públicos. A maior parte da diferença é do estádio do
Corinthians (R$ 820 milhões), que está sendo financiado pelo governo federal,
mas o clube deve pagar com recursos próprios pelo menos boa parte do valor.
Além disso, algumas obras do setor aeroviário,(alguns aeroportos já foram
concedidos ao setor privado), terão custos divididos entre iniciativa privada e
pública.
Faltando 359 dias para começar
a Copa do Mundo, o evento já custa bem mais do realizado em 2010 na África do Sul,
que consumiu R$ 17,2 bilhões. O valor é maior também do que a edição alemã
(2006), que custou R$ 12,9 bilhões e já se aproxima do torneio de 2002, o único
na história que foi realizado em dois países no Japão e Coreia do Sul, ao custo
de R$34,4 bilhões.
Há 63 anos, o Brasil organizou
a Copa de 1950, mas os valores – e a realidade – eram completamente diferentes.
Mesmo com a construção do Maracanã, os valores não passaram dos R$ 400 milhões,
cerca de 67 vezes o valor do Mundial de 2014 até agora.
Para se ter ideia de quanto
significa o gasto com o Mundial, desde que foi anunciado como país-sede, o
valor investido na Copa é 71% de todo o orçamento destinado a educação no
Brasil neste ano. O valor total é de 38 bilhões.
Outra comparação que pode ser
feita é em relação ao programa “Minha casa, Minha vida”. Cada casa do programa
tem um custo médio de R$ 40 mil e, caso, o dinheiro fosse aplicado no programa
mais de 570 mil habitações poderiam ter sido construídas com a verba.
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