quinta-feira, 6 de junho de 2013

POLÍCIA CIVIL ELUCIDA MORTE DO ADVOGADO ANTÔNIO CARLOS E PRENDE EXECUTOR


“Fui enganado, pensava que eu tinha matado um vagabundo. Jamais imaginei que fosse um advogado. Tenho respeito pela classe”. Foi o que disse o Lucas Daniel André da Silva (FOTO ACIMA), conhecido como “Luquinha”, assassino confesso do advogado criminalista Antônio Carlos de Souza Oliveira, no fim da manhã desta quinta-feira (6), durante coletiva realizada pela Polícia Civil, na Delegacia Geral de Polícia (Degepol).  Ele aponta o comerciante Expedito José dos Santos, conhecido como “Irmão Sérgio”, como mandante do crime, e afirma ter sido enganado pelo próprio, ao ter encomendado o homicídio alegando que um “vagabundo” teria derrubado o muro de seu suposto terreno, no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. O desfecho da tragédia se deu, principalmente, pela disputa da propriedade, comprada pelo advogado através de uma imobiliária, fato que culminou em desentendimentos entre as partes até as ameaças terem sido concretizadas.

Segundo a Polícia Civil, representada por sua cúpula, alem de três delegados da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom), Raimundo Rolin,Roberto Andrade e Karla Viviane, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Norte, Sérgio Eduardo da Costa Freire, o advogado e o comerciante teriam adquirido o mesmo lote, através de vendedores distintos, e nenhuma das partes cedeu, até que os primeiros desentendimentos começaram e seguidos de fortes ameaças de morte, por parte de Expedito José (FOTO ABAIXO) contra o criminalista Antônio Carlos, vítima do caso.



Durante os esclarecimentos a imprensa, a Polícia Civil afirmou que possui provas de que “Irmão Sérgio”, como era conhecido o comerciante, não se conformou com a derrubada do muro em que ele teria construído, o que teria gerado um prejuízo de R$ 40 mil reais, em local que ele tinha como objetivo a construção de um supermercado, diante da valorização na área que cresce devido a empreendimentos da Caixa Econômica Federal. “Temos a informação que Antônio Carlos enviou uma mensagem para Expedito dizendo que o seu muro havia sido derrubado. Foi o suficiente para o retorno enfurecido do Irmão Sérgio, que passou a fazer ameaças de morte e a traçar uma estratégia para a morte do advogado”, contou o delegado Roberto Andrade.

A versão foi confirmada pelo autor do homicídio, “Luquinha”, que admitiu que ele e “Irmão Sérgio” passaram a monitorar o advogado por 20 dias, até eles conhecerem a sua rotina e encontrarem o melhor momento para execução: o dia 9 de maio, em um bar localizado no bairro Nazaré, Zona Oeste de Natal. De acordo com o assassino confesso, uma terceira pessoa, conhecida como “Irmão Marcos”, que se encontra foragido, participou do crime levando o veículo Doblô, encontrado no Ceará, na tentativa de ocultação de provas, e reconhecido pelo chassi no vidro, até o estabelecimento comercial. “Circulamos discretamente pelo local, até sentir que tinha condições de descer. Vesti o capuz, entrei no banheiro, onde ele estava e efetuei seis tiros”, disse, ainda afirmando que todo o material para camuflagem, alem da arma, foram disponibilizados pelo comercial Expedito José dos Santos, que também esteve presente na coletiva, mas preferiu se manter calado diante da acusação.

Diante de todas as provas, já estão detidos Expedito José dos Santos e sua esposa, Francinete Andrade Silva, apontada pela Polícia como participante do crime, ao ajudar a destruir o veículo Doblo, que só pôde ser reconhecido como o visto na cena do crime depois do registro do chassi ter sido encontrado no vidro, já que o original havia sido destruído pelos acusados através de maçarico, no interior do Ceará. Já o assassino confesso, Lucas Daniel André da Silva, conhecido como “Luquinha”, preso nessa quarta-feira (6),  sem passagem pela Polícia, continuarão a disposição da Delegacia Especializada em Homicídios(Dehom), para novos esclarecimentos, sobretudo, por não estar descartada a possibilidade de outras pessoas envolvidas, seja na ação intelectual ou no interesse da morte do advogado.


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