A vítima foi resgatada após um
trabalho conjunto das Polícias Civil, Federal e dos Setores de Inteligência dos
estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Fábio estava numa cabana de lona preta
montada dentro de um matagal na Fazenda Garrote, localizada na zona Rural de
Canindé-CE. “Ele estava acorrentado pela perna e um pouco debilitado, pois não
havia se alimentado direito durante o período”, explicou a delegada da Deicor.
Dois homens foram presos José Carlos Anastácio Leitão, vulgo “Carlinhos”, que
levou os policiais até o local do cativeiro e Rivelino Raquel Filho, que estava
vigiando a vítima.
De acordo com a delegada
Sheila Freitas, os presos não foram os mesmos que raptaram Fábio Porcino, pois
segundo ela, a quadrilha seria bastante organizada. No mínimo 13 pessoas teriam
envolvimento no crime. Na coletiva, a delegada preferiu não divulgar os
detalhes de como a Polícia Civil chegou ao paradeiro da vítima e a quantia exigida
pelos sequestradores, mas destacou que testemunhas e as imagens das câmeras do
estabelecimento de onde o empresário foi levado foram extremamente importantes
nas investigações.
Duas pistolas e um revólver,
além de um capuz preto e um rádio comunicador foram apreendidos pela equipe da
Deicor. Um dos veículos utilizados pelos bandidos também foi encontrado
escondido perto do local do cativeiro, um carro tipo Cross Fox, de cor preto,
com placas frias, que teria sido roubado em Fortaleza. Esse foi o mesmo carro
em que o empresário foi levado pelos bandidos no dia do sequestro.
Outros dois homens estão sendo
procurados pela polícia acusados de envolvimento no sequestro, identificados
como José Wilson Trajano de Freitas, considerado líder da quadrilha, e Ezequiel
Serafim Leitão, proprietário da Fazenda Garrote. Quem tiver quaisquer
informações sobre o paradeiro dos acusados pode ligar para o disque-denúncia
através do número 181 (não é necessária identificação).
“Temos muito trabalho ainda a
fazer e nós estamos ainda na fase investigatória do crime e agora tentamos
identificar e prender o restante dos sequestradores”, frisou a titular da
Deicor.
José Wilson Trajano foi preso
em setembro do ano de 2006, no estado do Ceará, acusado de fazer parte de uma
quadrilha que sequestrou o empresário gaúcho Dagoberto Antônio Faedo, que
permaneceu 57 dias em cativeiro. Considerado pela polícia bandido de alta periculosidade,
Trajano também já respondeu por homicídio e tentativa de assassinato no
município de Tabuleiro do Norte-CE, ocorrido no dia 3 de junho de 1998. Ele
também é apontado por ter sido um dos participantes da quadrilha de Valdetário
Carneiro.
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