Agora
é certo: o Japão é o primeiro país classificado via eliminatórias para a Copa
do Mundo da FIFA Brasil 2014. Com um empate em 1 a 1 em Saitama nesta
terça-feira, os comandados do italiano Alberto Zaccheroni chegaram a 14 pontos
no grupo B e, a duas rodadas do final da disputa na Ásia, asseguraram seu lugar
ao lado dos anfitriões brasileiros entre as 32 equipes que jogarão o Mundial,
entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.
Esta
será a quinta participação japonesa em Copas do Mundo da FIFA – e, mais, a
quinta consecutiva. Desde sua estreia na França 1998, o país não fica de fora
de nenhuma edição do maior torneio de futebol do planeta. E, desta vez, o fará
num país onde sua comunidade de descendentes é vasta e com quem tem uma terna
história no futebol: o Brasil.
“Fico
muito feliz pela classificação da seleção japonesa para a Copa do Mundo de 2014
e quero dar os parabéns e as boas vindas à equipe. Nós, brasileiros, vamos
acolher os japoneses com o mesmo carinho e atenção com que eles nos receberam
em 2002”, declarou o membro do conselho administrativo do COL (Comitê
Organizador Local) do Brasil 2014, Ronaldo, autor dos dois gols da final do
Mundial que os japoneses sediaram em conjunto com a Coreia do Sul.
Com
a vaga, o Japão poderá tratar sua participação na Copa das Confederações da
FIFA, neste mês, como um verdadeiro estágio para o Mundial. Os japoneses fazem
justamente a partida de estreia do torneio, contra o Brasil, no dia 15 de junho,
em Brasília. “Tenho certeza de que muitos japoneses virão ao Brasil torcer,
fora as comunidades que já vivem aqui. Mas, antes disso, queremos dar as boas
vindas à seleção e aos torcedores já em junho, na Copa das Confederações”,
disse outro membro do COL, Bebeto, campeão do mundo com a Seleção em 1994.
A
rodada desta terça tem outras três partidas: pelo mesmo grupo B, o Omã encara o
Iraque, em mais um passo da embolada disputa pela segunda vaga. A Austrália foi
aos mesmos sete pontos da Jordânia, que descansa hoje. O Omã tem seis pontos, e
o Iraque, cinco.
Pelo
Grupo A, a jornada tem Catar x Irã e o Líbano recebendo a Coreia do Sul, que é
a vice-líder com dez pontos – um a menos do que o Uzbequistão.
O
jogo
O
apoio massivo dos mais de 62 mil torcedores em Saitama e o clamor com que
Zaccheroni falou ao longo de toda a semana sobre a necessidade de se entrar em
campo com motivação total se fizeram notar no inícios: os japoneses começaram
com ritmo alucinante e tiveram chances de abrir o placar.
O
ritmo se assentou com o passar do tempo, mas, apesar disso, nos 45 primeiros
minutos o Japão foi superior, controlou a posse de bola no ataque e criou boas
oportunidades. Na melhor delas, na marca do pênalti, o astro do Manchester
United Shinji Kagawa parou em Mark Schwarzer, que fez uma defesaça num chute à
queima-roupa aos 18 minutos. Os australianos só se aventuraram em
contra-ataques, um deles com grande perigo, quando Eiji Kawashima precisou
fazer uma grande defesa nos pés de Robbie Kruse, aos 34.
A
história do segundo tempo foi similar, ou seja, início embalado dos japoneses
em busca do gol e uma gradual perda de intensidade. Kagawa, Keisuke Honda e
Yuri Nagatomo criaram cada um uma grande chance ao longo da segunda etapa – a
última delas aos 35 minutos. E, então, com o empate lhe satisfazendo e pronto
para entrar num final de jogo de certa conformidade, o Japão foi surpreendido
pela velocidade do contra-ataque dos Socceroos e por um pouco de sorte: aos 37,
após jogada pela esquerda, Tommy Oar) cruzou para a área, Kawashima foi mal no
lance e a bola acabou morrendo nas redes nipônicas.
Foi
até bom para o clima. Os japoneses precisaram batalhar e partir para cima e,
aos 46 minutos marcaram um gol de empate com cara de Copa do Mundo: depois de
Matt McKay colocar a mão na bola dentro da área, Honda bateu o pênalti com
força para decretar o 1 a 1 final.
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